domingo, 12 de maio de 2013

Depressão na visão espírita






Artigos - Comportamento Humano
Dr. Jaider Rodrigues de Paula - Psiquiatra/ AMEMG

CONCEITO:
É um transtorno do humor, com baixa da atividade geral, levando ao sofrimento íntimo profundo, desesperança, falta de fé em Deus, em si próprio e na vida.

ETIOPATOGENIA:
A ciência médica ainda não tem, claramente, o conhecimento da origem da depressão. Fala-se em distúrbios dos neurotransmissores a nível do sistema nervoso central, de herança genética de pressão social, frustrações, perdas precoces importantes e outras mais; porém, embora todas as possibilidades acima sejam verdadeiras como desencadeadoras, não explicam porque alguns indivíduos, sofrendo as mesmas contingências, não desenvolvem um quadro depressivo. Todas as possibilidades acima são efeitos e não causas.

A causa da depressão vige na alma e não somente no corpo físico. O conflito do deprimido remonta a causas pretéritas, provavelmente longínquas, com repercussão no presente. O cerne da questão liga-se a não identificação do amor divino e da paternidade do Criador. Por isso a rebeldia tão comum no deprimido.

Revolta-se contra as leis, desdenha a própria vida, não concordando em ter sido criado, vai com facilidade ao suicídio (10 a 15% dos deprimidos se suicidará . Num ato de rebeldia extrema tentam devolver a própria vida ao Criador.

Adão e Eva não representam um simples mito, mas sim a dura trajetória da humanidade.

O deprimido apresenta duas características: - egoísmo e agressividade. Egoísmo por crer que sua dor é a maior do mundo e agressividade voltada principalmente contra si próprio. Não pensam que seus atos irão fazer sofrer os que vão ficar.

A essência da existência é o elo Criador-criatura, Pai-filho. A ruptura deste elo pelo deprimido suicida é extremamente sofrida, pois, talvez, repete o desligamento havido outrora, quando da separação Pai e filho. Por isso as perdas precoces falam alto ao coração do deprimido.

Entendemos que a primeira queda forma um clichê mental na vida do espírito, de modo que haveria uma tendência neurótica à repetição do mesmo erro durante as futuras reencarnações. Estão incitas no perispirito as matrizes da depressão. O corpo físico reflete o corpo espiritual. Se o reencarnante traz insculpido no seu psicossoma as matrizes da depressão , elas influenciarão ativamente na seleção genética dos elementos que poderão viabilizá-la na vida física, caso o interessado deseje. Doenças são efeitos e não causas. Assim podemos ,de maneira geral, dizer que a não identificação do Amor Divino e do Pai, leva à falta de fé, e esta à insegurança que desperta o egoísmo (como defesa). As excrescências do egoísmo são a vaidade, orgulho, inveja, revolta. E observando, vamos encontrar como ponto central da mente dos encarnados uma destas excrescências como núcleo motor da personalidade. Se for a rebeldia , a tendência pode ser a depressão. A taxa de prevalência é de 7 a 17 % e o gene participante é dominante e deve encontrar-se no cromossoma 11, embora haja uma tendência entre os geneticistas em aceitar como mais provável uma interação poligênica.

TRATAMENTO:
O tratamento deverá ser abrangente, holístico. Para efeito didático, diremos: - médico, psicológico, social e principalmente espiritual. O tratamento médico é imprescindível na fase crítica. O uso de antidepressivos é decisivo para restabelecer a fase aguda.

Sabe-se que alguns neurotransmissores estão envolvidos na depressão, tais como: noradrenalina , serotonina , dopamina e outros. O uso dos antidepressivos estabelece a harmonia químico cerebral, melhorando o humor do paciente . Cuidam simplesmente do efeito, pois os medicamentos não curam a depressão; provavelmente restabelecem o trânsito das mensagens neuronais, melhorando o funcionamento neuroquímico do SNC (sistema nervoso central).

A parte orgânica também tem que ser cuidada, em especial quando muito acometida. De maneira geral, melhorando o humor, todo o organismo tende a melhorar. Há que ter muito cuidado com os processos depressivos, porque várias afecções mórbidas costumam ganhar expressão no organismo após ou concomitantemente a uma depressão, pois o sistema imunológico é profundamente afetado por ela. O tratamento psicológico ganha importância pelo fato de auxiliar no auto-conhecimento, nas resoluções de conflitos e tomada de posição diante dos problemas.

A orientação social é necessária em especial naquela porcentagem de deprimidos (20%) que apresentam sequelas profissionais após várias crises. Perdem empregos, família e consideração social, entrando num círculo vicioso agravante de seu problema. O tratamento espiritual é importantíssimo porque o " espírito é o fundamento da vida". Quando não valorizamos o tratamento espiritual, os resultados costumam ser precários, as recidivas constantes, com uma tendência ao envelhecimento precoce.

Sintetizando, diríamos que com a aquisição do livre-arbítrio, o ser adquiriu o sagrado direito da condução do seu destino. Para que isto ocorresse dentro do espírito de justiça que norteia o cosmos, ele não poderá ser influenciado pelo atavismo biológico e psicológico nas suas primeiras decisões . Não seria justo condenar a quem teve por contingências evolutivas , matar para viver, na cadeia predatória da vida.

O conhecimento não nos exime das tendências adquiridas nos processos evolutivos.

"Contra nossos anseios de luz, há milênios de trevas". Por isso, um dia alhures, quando da primeira opção consciente o espírito tinha que ser livre de qualquer influenciação pretérita, para que possamos falar de livre-arbítrio.

O grande percalço foi não ter identificado a paternidade Divina, o Amor de seu Pai. Porque uns identificaram e outros não, ainda não sabemos. Por isso a falta de fé está na raiz dos males da humanidade . Diz o evangelho que a fé é a mãe das virtudes, o caminho da redenção. "Que aquele que tem fé acredita mais em seu Criador que em si mesmo.

"Como dissemos anteriormente, a falta de fé levou a insegurança, esta despertou o egoísmo (como defesa) , esta suas excrescências: orgulho, inveja, vaidade. revolta, movido por um destes sentimentos o espírito em evolução na terra optou criando o carma em sua existência. Esta primeira opção criou um clichê mental que passou a influenciar suas futuras decisões. No deprimido encontramos uma revolta contra o seu Criador.

Como não pode destruí-lo, tenta destruir-se, destruindo-o em si. Sua crença é voltada para o negativo, é muito voltado para si e seus males (muito egoísta) . Seduz o mundo com sua dor. É pouco responsável em seus atos (embora pareça o contrario). E tem dificuldade no auto e eterno perdão. É perfeccionista por orgulho e vaidade. Tem convicção no fracasso. Apresenta extrema agressividade voltada para si. Vinga-se de Deus e dos que amam-no. (70% pensam no suicídio e de 10 a 15% cometem-no). Vive criando culpa por recapitularem o erro primeiro. É cheio de remorso por bagatelas - muitas doenças são originadas nele ou tem nele seu desenvolvimento acelerado.

O deprimido nega-se a viver, dissipa suas energias vitais em ruminações negativas. Os órgãos mais afetados são os pulmões e intestinos. No passado era comum os deprimidos românticos morrerem de tuberculose. Os pulmões captam os fluidos vitais solares e os intestinos absorvem os alimentos e excretam as escorias. O centro de força mais afetado é o umbilical por ser o centro das emoções.

A depressão é a tristeza deteriorada. O duplo etérico é gravemente acometido apresentando dificuldades em fazer circular as energias necessárias à vida.
A áurea é acinzentada demonstrando uma existência sem vida. No tratamento temos que orientar para a respiração a longos haustos(exercícios respiratórios), melhorando a captação da vitalidade e dissolvendo as energias negativas.

Alimentação que estimule o bom funcionamento dos intestinos, tais como frutas, verduras, banhos de sol em horários convenientes, evitar alcoólicos, fumos e excessos de carne. Passes fluídicos nos centros de forças genésico, esplênico e gástrico. Fazer exercícios físicos como caminhadas, natação e outros salutares.

Exercitar a mente de maneira consciente para olhar o lado bom das pessoas e das cousas. Fazer meditação, relaxamento e pequenas tarefas em favor dos semelhantes (sair de si). Buscar melhor convivência familiar e no trabalho, desenvolvendo o sentimento de gratidão com as pessoas, com a vida, com o Criador. Cultivar a oração regularmente restabelecendo a comunhão com Deus, o hábito de leituras nobres, melhorando o padrão vibratório e estimulando o sentimento de esperança.

Não podemos esquecer das obsessões espirituais que têm nos deprimidos fértil terreno para o seu assentamento.

Finalizamos com o Senhor Jesus, o médico de nossas almas, quando nos convidou ao caminho de retorno ao seio do Pai com o: "Vinde a mim, todos que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que Sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve". (Mateus , 11:28 A 30)

Há outro aspecto muito interessante, abordado pelo Espírito François de Genève, no capítulo V, de "O Evangelho Segundo o Espiritismo":
"Sabeis porque, às vezes, uma vaga tristeza se apodera dos vossos corações e vos leva a considerar amarga a vida? É que o vosso Espírito, aspirando à felicidade e à liberdade, se esgota, jungido ao corpo que lhe serve de prisão, em vãos esforços para sair dele. Reconhecendo inúteis esses esforços, cai no desânimo e como o corpo lhe sofre a influência, toma-vos a lassidão, o abatimento, uma espécie de apatia e vos julgais infelizes.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Mensagens das Águas


Este vídeo relata a experiência do cientista japonês Masaru Emoto,
comprovando a ação dos nossos pensamentos e emoções sobre a nossa saúde.
É realmente impressionante!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Carências

Este texto foi extraído do capítulo 15 do livro Mereça Ser Feliz, de Ermance Dufaux,
psicografado pelo médium Wanderley S. de Oliveira. Trata-se de um esclarecedor estudo
sobre as origens das carências afetivas com base nas vivências do espírito. Boa Leitura!




"Carência é o estado íntimo de insatisfação que surge da privação de alguma necessidade pessoal, cujo principal reflexo é o sentimento de infelicidade.
 Sob análise espiritual, é um fluxo energético de vibrações não compensadas reclamando o dinamismo da complementaçâo para gerar bem-estar e equilíbrio na vida do ser. Uma força centrípeta que não ultrapassa a psicosfera individual em razão de constituir uma “atração para dentro”, um apelo para o suprimento de algo necessário à auto-realização.
 Na ótica afetiva, é um processo de desnutrição que pode ter-se iniciado na infância ou até mesmo em outras reencarnações. Advém de desejos recalcados, expectativas não colimadas, frustrações não superadas; uma descompensação emocional pelas experiências traumáticas mal elaboradas, gerando episódios de conflitos e sofrimentos no automatismo da vida mental.
 A maior carência humana é de afeto e carinho, sem os quais ninguém se sente humanizado. E não se sentir humano significa permitir a influência dos reflexos primitivos que açulam a ganância e a crueldade proveniente do instinto de conservação exacerbado. No estágio espiritual da Terra, a carência do afeto, quase sem exceções, está subordinada aos ditames da lei de retorno.
          Nem tanto do amor alheio precisam os carentes, porque a carência não está somente nessa ausência de ser amado. Existem "mecanismos bloqueadores" compostos por processos emocionais e psíquicos do espírito, o qual se sente sob rigorosa "prisão nos sentimentos", que são ativados, automaticamente, no campo mental em razão dos despenhadeiros de ilimitados crimes do coração que se arrojou em existências anteriores, agravados pela educação infantil em regime de aridez afetiva. Tais mecanismos levam a não se sentir amado, mesmo que o seja...
       Outra razão evidente das origens da carência pode ser encontrada na ausência de preparo para lidar com as perdas. Na Terra não se prepara crianças para lidar com perdas. A educação é quase sempre destinada a fazer "campeões sociais", vitoriosos em tudo. Pais frustrados tentam se realizar no sucesso de seus filhos, exigindo deles o que não conquistaram, tentando consertar erros e fracassos através da criação de um "super-herói" dentro de casa. Sob pressão e coação do sucesso, muitos espíritos de psiquismo frágil, que aspiram a outros ideais, sucumbem , em comportamentos desajustados, no vício ou no desequilíbrio dos costumes, como forma de encontrar alguma gratificação e prazer, já que suas habilidades inatas, aquelas que trazem como espírito imortal, são desconhecidas e desconsideradas pelo seu grupo educativo. Crianças muito mimadas ou compensadas excessivamente para cumprirem os seus deveres querem tudo que desejarem na vida adulta, inclusive o afeto alheio, e para isso mascaram-se de mil modos no jogo das aparências como se estivessem em uma disputa da qual jamais admitem sair perdedores.
       Outras carências surgem como ilusões da vida moderna estimuladas pela mídia e pelos costumes, exigindo verdadeiros imperativos de reeducação e controle para não levarem a padecimentos desnecessários e voluntários.
        As matrizes profundas da carência podem ser encontradas no subconsciente. É o vício milenar de exigir e esperar ser amado sem disposição altruísta suficiente para amar. Resulta de uma construção lenta e gradual com bases no egoísmo.
       Solidão, ciúme, dependência, escassa auto-estima, complexo de inferioridade, insegurança, fantasias, atrações "proibidas", impulsos mentais permissivos, ambivalência sexual, depressões, patologias corporais e outros tantos quadros de sofrimento podem decorrer dessa tormentosa vivência da "prisão emocional" - reflexos fidedignos das atitudes inconsequentes e levianas de outrora. E nos bastidores de todas essas tormentas está o "espírito carente" atestando sua incapacidade de amar, exigindo atenção e cristalizando-se no apego ou alimentando o ciúme, em conflituosas crises de possessividade.
       O carente, em verdade, é um doente que deseja ardentemente amar sem conseguir. Não conseguindo, passa a exigir ser amado, criando relações complicadas e frágeis; é alguém à míngua de amor, um constante cultivador da esperança de ser compensado. Sua experiência, porém, frequentemente revela facetas ignoradas de si próprio."

"A alma carente é alguém em débito perante sua própria consciência. Essa realidade da subjetividade humana é percebida na intimidade através de sentimentos de baixa estima, vergonha, incapacidade, autopiedade, que levam o ser a se estiolar nos complexos de culpa de múltiplas variações.
 Nada na criação foi gerado com carências e tudo foi criado para “pulsar para fora”. Porém, nossa incúria e teimosia, nossa infidelidade e rebeldia aos códigos Divinos ensejaram os caminhos da escassez. Carência em termos do espírito não é somente aquilo que falta, mas o resultado em forma de desajuste comprado a preço de irresponsabilidade."

"O controle da vida emocional é o primeiro passo no suprimento das nossas necessidades reais. Saber adiar a gratificação pessoal é muito importante na aquisição desse controle. Tudo a seu tempo, conforme os méritos e esforços pessoais.
Perseverança e coragem são duas nobres virtudes que precisam ser cultivadas nesse caminhar da existência... O estado espiritual de inconformação ou azedume com o que nos cerca retira expressivas funções calmantes e compensadoras no campo mental, nascidas dessas nobres virtudes."

"... Leis perfeitas regem nosso merecimento e somente quando empenharmos pelo amor, perceberemos que carência é o outro nome do egoísmo."

"...Quem ama, ainda que precisando ser amado, supre-se, eleva-se, compensa-se."

"Num mundo faminto de amor, a Terra tornou-se o local onde a maioria espera saciar sua fome afetiva, e poucos são os que optam pela Divina escolha de amar."
"Colaboremos com o Pai. amemos intensa e nobremente. Rica expressão do Amor Divino, a vida nos recompensará com farta nutrição que jamais nos deixará sentir a falta do essencial para sermos felizes."

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Livro "Depressão: corpo, mente e alma"


O livro "Depressão: corpo, mente e alma" foi publicado em 2009, com o objetivo de reunir informações sobre o Transtorno Depressivo, de forma a proporcionar melhor entendimento sobre os diversos fatores envolvidos na gênese deste mal. Esta obra aborda a depressão em seus aspectos orgânicos, psicológicos e espirituais, dando ênfase nos principais sintomas, nas possíveis causas e nos recursos terapêuticos disponíveis. Traz ainda dados estatísticos, um breve histórico dos avanços científicos e reflexões sobre a felicidade, além de dicas de auto-ajuda para o processo de superação. Boa Leitura!